quarta-feira, 30 de abril de 2008

Reunião de emergência

No início desta semana, entregamos o texto de introdução do nosso querido TCC para a Profª Bernadete corrigir e assim, dar um passo maior no nosso projeto. Como tivemos entrevista com a Dulcília Buitoni, no dia da orientação, o grupo se reuniu hoje para saber que caminho tomar diante da correção feita pela prof.

Imagem do nosso texto corrigido:

A orientação nos abriu muito os olhos e decidimos tomar algumas decisões antes de dar andamento ao nosso projeto. Segundo a Bernadete, juntando os problemas que surgiram ao longo da nossa pesquisa, poderíamos elaborar mais que um TCC e que devemos nos concentrar apenas em uma coisa para o trabalho ficar mais objetivo.

A idéia, a princípio, era abordar brevemente os problemas que encontramos: o universo no qual as revistas voltadas para adolescentes estão inseridas; de que forma se dá o vínculo da publicidade com o conteúdo informativo do veículo e analisar as conseqüências da influência de modelos norte-americanas e inglesas de revistas ‘teens’ nas publicações brasileiras. Apenas para complementar o nosso objetivo central que é analisar as linhas editoriais das revistas segmentadas do gênero feminino de faixa etária adolescente, fazendo um estudo de caso da revista Capricho.

Com a orientação dada, entendemos que não temos tempo necessário e que nem cabe ao TCC-Trabalho de Conclusão de Curso, abordar todas estas questões. Por isso, faremos algumas alterações em nosso cronograma e sem dúvida, resultará em um trabalho muito mais aprimorado.

Bom feriado a todos! Não podemos esquecer que temos um seminário a apresentar segunda-feira sobre o livro Pragmáticas do Jornalismo - Manuel Carlos Chaparro. Muita Força na Peruca!!!!! =)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Uma conversa com Dulcília

Dulcília Buitoni segurando o livro de sua autoria "Imprensa Feminina", referência bibliográfica do nosso TCC

No horário combinado chegamos ao pŕedio da Faculdade Cásper Líbero, localizado na Av. Paulista, e com muita simpatia ela nos recebeu. Dulcília Buitoni, considerada a maior especialista em Imprensa Feminina no Brasil, respondeu diversas dúvidas pertinentes ao nosso trabalho. A conversa fluiu tanto que durou aproximadamente três horas!

Tratamos de diversas questões, como a história da imprensa feminina, as pequenas tiragens das revistas para adolescentes no Brasil, definição de classes sociais, realidade da jovem brasileira, conteúdo atual das revistas "teens", diagramação, homogeneização de conteúdos, entre outros. E a cada resposta, Dulcília mostrava toda a bagagem de conhecimento que acumulou ao decorrer dos anos.

Era visível em nossos rostos a satisfação em conversar com a "Papisa" da Imprensa Feminina. Ela nos indicou alguns filmes que tem a ver com o nosso tema de TCC. Um deles é o documentário "Pro dia nascer feliz", com direção de João Jardim. E também revistas internacionais com diagramações incríveis, como por exemplo, a publicação “Benneton Color”.

Após a conversa registramos o momento com a fotografia abaixo:


Depois, Dulcília levou as quatro peruquetes para a biblioteca e demonstrou suplementos femininos e algumas revistas. Com as perucas cheias de idéias, nos despedimos da nossa entrevistada e confirmamos sua presença na coletiva de imprensa do dia 28 do próximo mês, na nossa universidade.

Ps: Ao passar pelas bancas de jornais da Paulista, conseguimos encontrar a revista nº 1035 da Capricho! Era a última que faltava para completar a seqüência do nosso estudo de caso. Além disso, fomos até as loja Fnac, a fim de conhecer e adquirir revistas estrangeiras do mundo “teen”.

Peruquetes até a Próxima!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Não dá para dormir no ponto


Estamos nos reunindo pelo MSN em reuniões que ás vezes são feitas na calada da noite e outras em pleno domingo. Mas a primeira reunião que planejamos foi através do messenger e não deu certo, foi no domingo e algumas do grupo, como eu, não conseguiu se conectar. Nos organizamos e no final da semana fizemos nossa conferência online lá pelas 10h, conversávamos sobre os tópicos que considerávamos importantes até que todas decidiram se desconectar e escrever. Enfim – final da história – saiu a introdução.

Mas tá valendo, o negócio é não dormir, temos que ter força no perucão pois estamos no último ano da faculdade, agora falta pouco para termos o nosso MTB e trilharmos a nossa carreira como profissionais.

domingo, 27 de abril de 2008

Mulher moderna 'é menos feliz que homem'

Duas pesquisas americanas chegaram, separadamente, à conclusão de que os homens de hoje são mais felizes que as mulheres.


Segundo as pesquisas, dos anos 70 para cá os sexos trocaram de lugar na escala de felicidade: se naquela época elas eram um pouco mais felizes do que eles, atualmente são eles que levam vantagem.

Um estudo realizado pelo economista Alan Krueger, da Universidade de Princeton, perguntou aos pesquisados o que sentiam durante cada atividade que praticavam durante o dia. Homens e mulheres deram respostas parecidas sobre o que gostavam de fazer (como sair com os amigos) e do que não gostavam (como pagar contas).

Entretanto, o estudo observou diferenças nas reações a diversas atividades. Entre as mais curiosas, eles notaram que homens sentem aparentemente bastante prazer em passar tempo com seus pais, enquanto mulheres consideram esta atividade apenas um pouco menos prazerosa que lavar roupa.

Outra conclusão foi de que, dos anos 60 até os dias de hoje, os homens foram reduzindo gradualmente as atividades que consideravam desagradáveis. Atualmente eles trabalham menos e relaxam mais, disseram os cientistas, ao passo que a presença das mulheres no mercado de trabalho foi crescendo.


Obrigações e frustração

Nos anos 70, a mulher gastava 23 horas semanais com atividades consideradas desagradáveis - 40 minutos a mais que o homem. Hoje, se as mulheres continuam gastando o mesmo tempo em atividades de que não gostam, o tempo que os homens perdem caiu para 21,5 horas - o que aumentou para 90 minutos a diferença entre um sexo e outro. "As mulheres atualmente têm uma lista muito mais longa de obrigações. E elas não conseguem fazer tudo, portanto muitas delas acabam se sentindo um pouco frustradas", avalia Krueger.

O casal de economistas Betsey Stevenson e Justin Wolfers, da Universidade da Pensilvânia, chegaram a uma conclusão semelhante em uma pesquisa que perguntava aos entrevistados o quão satisfeitos eles estavam com suas vidas. Em 1976, 16% dos homens estavam satisfeitos com suas vidas; em 2007, a porcentagem subiu para 25%. Já a porcentagem de mulheres felizes se manteve igual: 22%.

Na opinião de Stevenson, a mulher de hoje provavelmente se sente menos feliz do que o homem porque, há três décadas, tinha ambições muito menores. Segundo ela, uma estudante de Administração que encontrou recentemente resumiu o sentimento da mulher moderna. A estudante contou que a meta de vida de sua mãe se resumia a ter um jardim bonito, uma casa organizada e crianças educadas, que tivessem sucesso nos estudos. "Eu também quero todas estas coisas, mas também quero uma grande carreira e ter impacto em um mundo mais abrangente", disse a estudante.

* Fonte BBC Brasil

sábado, 26 de abril de 2008

Reunião de perucas!


Sábado de sol, aluguei um caminhão, pra levar a galera.... pra uma REUNIÃO!”

E as peruquices não param! Tanto é que hoje nos reunimos na biblioteca da facul para darmos andamento ao trabalho. E, apesar do sono e da preguiça, aproveitamos bem esse encontro e adiantamos muitas pendências. Uma delas era a bibliografia... decidimos e fechamos em definitivo os nomes dos livros, documentos da Internet e tudo mais que pode entrar no nosso trabalho. Também atribuímos tarefas a cada uma de nós, para um maior controle das atividades e, com isso, montamos nosso cronograma. Afinal, falta quase um mês para a apresentação da pesquisa na pré-banca, então não podemos dormir no ponto e deixar os dias passarem.

Outra coisa que definimos foi a respeito do seminário do livro Pragmáticas do Jornalismo, que, como falei em algum post anterior, será apresentado dia 5 de Maio. Ou seja, o troço ta ... então definimos datas limites para as meninas me entregarem a parte delas, pois sou eu quem sempre monta as apresentações em Power Point do grupo, hehehe. É, tarefa árdua e de muita responsabilidade, mas alguém tem que fazer, não é?

Mas o mais importante desta reunião foi: começamos a escrever a introdução da pesquisa científica! Confesso que tivemos uma grande dificuldade para iniciar, pois nunca havíamos escrito um texto com tal linguagem. Mas, modéstia à parte, acredito que não iremos decepcionar nossa orientadora na próxima terça-feira!

Outra novidade que temos para contar é que iremos utilizar em nossa pesquisa revistas gringas também, para fundamentar a teoria de que as revistas teen brazucas beberam na fonte das estrangeiras para criar seu padrão de publicação voltada para as adolescentes. Fuçando na Internet, encontramos algumas edições da CosmoGirl, Seventeen e Elle Girl, em alta resolução e em pdf. Caíram do céu essas revistas, pois aqui no Brasil elas custam mais de R$ 25 mesmo com o dólar em baixa, simplesmente um absurdo!

Bom, e foi essa a nossa reunião deste sábado! Essa foto em cima é do nosso encontro, créditos ao meu marido que a bateu! E de brinde... toma mais algumas!


Betita, Marinitcha, Fabitcha e Gloritcha concentradas em seu trabalho! (aham, quem vê, acredita que não estamos posando... hehehe)


Pausa para uma foto... e um montão de Caprichos suuuuuuuuper coloridas na mesa!

T+!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A Força das Perucas

Temos muito o que comemorar! O nosso dia foi bastante proveitoso e o trabalho está caminhando muitíssimo bem. Já no período da manhã, nosso grupo se comunicava por e-mail repassando os textos lidos, relidos e editados para a aula do Profº Juarez Xavier, de hoje. Foi nos pedido um texto com duas laudas sobre o tema do TCC para uma discussão em sala de aula.

Apresentamos o texto, explicamos a todos o nosso trabalho e uma questão bastante abordada em aula, sobre a forma de sustentação dos meios de comunicação, que aumentam a quantidade de publicidade e resulta na diminuição do conteúdo editorial jornalístico, assunto que rendeu também na discussão dos outros grupos.

Ao longo do bate-papo, várias idéias começaram a surgir na nossa cabeça e com elas, a enorme vontade de colocá-las o mais rápido possível em prática. Por isso, este sábado, no período da manhã, o nosso quarteto se reunirá na faculdade para que possamos nos organizar e enfim, colocar no papel toda nossa idéia e seguir adiante com o nosso trabalho.

Este sábado renderá! E como diz a Fabi, as “peruquetes” estão em ação!
Beijos.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Peruquetes em ação


Traçamos e cumprimos! Nosso cronograma de atividades relacionadas ao TCC está indo de vento em polpa. Acabei de sair de uma reunião online com as peruquetes do meu grupo. A cada dia o nosso TCC ganha formas, detalhes e muito conteúdo. Hoje estou radiante, porque marcamos nossa coletiva com Dulcília Helena Schroeder Buitoni, autora do livro Imprensa Feminina, obra que você acompanha o fichamento neste blog. Antes da coletiva, que será no dia 28 de maio, teremos um encontro com ela para esclarecer as dúvidas que pipocam a nossa peruca.


Quem é Dulcília

Dulcília Helena Schroeder Buitoni possui graduação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1970), graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (1977) e doutorado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (1980) e livre-docência em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP (1986). Jornalista profissional, trabalhou na mídia impressa, com maior atuação em revistas, principalmente na Editora Abril. Foi professora da ECA-USP desde 1972, sendo orientadora do curso de pós-graduação em Ciências da Comunicação a partir de 1981, tendo orientado algumas dezenas de mestrados e doutorados. Em 1991, tornou-se professora titular de Jornalismo da ECA-USP, por concurso público. Foi pesquisadora do Núcleo de Estudos Jornalismo e Linguagem da ECA-USP e é membro do NEMGE (Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero), da USP, desde 1985. Foi professora visitante na Faculdad de Ciencias de la Comunicación da Universidad Autonoma de Barcelona, Espanha, em 1993 e 2000. Atualmente é professora permanente do Programa de Mestrado Comunicação na Contemporaneidade da Faculdade Cásper Líbero, São Paulo/SP, onde coordena o Grupo de Pesquisa - Comunicação e Cultura Visual. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração. Seus temas preferenciais são: narrativa jornalística e relações texto-imagem no jornalismo impresso, jornalismo audiovisual, jornalismo digital; imagem jornalística, fotografia, documentário, cultura visual, jornalismo de revista, jornalismo cultural, jornalismo e relações sociais de gênero, jornalismo e discurso pedagógico.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A reportagem tomou cor e forma!

Nesta quarta-feira o nosso grupo teve força na peruca e produziu uma reportagem sobre nosso tema de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): as revistas teen, em especial a Capricho, e o contexto do público jovem. Fizemos esse exercício pois ainda não começamos a escrever os capítulos e nem introdução do trabalho. Desta forma, com a reportagem vamos trabalhar a problematização do tema, hipótese e delimitarmos a nossa linha de pensamento e dar enfoque ao trabalho, enfim, o começo. Segue a reportagem.



Publicações voltadas para meninas adolescentes ilustram leitora idealizada por mercado editorial

Por Fabieli de Paula, Glória Vasconcelos, Marina Zurdo e Roberta Torres Matsuoka


O padrão ideal de beleza ilustra as capas “super” coloridas da Capricho toda quinzena.


Junte bastante gente bonita, combine com muitos sonhos de consumo, dê uma pitada de tendências sobre o mundo moderno e misture tudo isso em um design bem colorido e atraente. Aí está a receita para fazer uma revista bem “da hora” para meninas adolescentes. Mesmo com os avanços tecnológicos, a revista de papel não perdeu o posto de melhor amiga das garotas, que se identificam com o conteúdo e formato da publicação. Afinal, ela é fácil de carregar, de guardar na bolsa, de levar pra escola, esconder no meio do livro e o principal, colecionar.

Em 2007, um fato que abalou as redações de todo país foi a queda de 28% nas vendas das publicações deste segmento, segundo dados divulgados pela Anatec (Associação Nacional das Editoras de Publicações). De acordo com o presidente executivo da Anatec, Hélio Fittipaldi, “devido à revolução tecnológica, as revistas segmentadas perderam espaço para a concorrente chamada Internet”. Ele explica que os veículos impressos terão que se adaptar com a nova realidade e pensar em conteúdos alternativos para ganhar destaque.

Com este cenário em vista, a revista Capricho reformulou sua linha editorial e, para acompanhar as leitoras, aderiu os conteúdos da Internet nas páginas da revista e vice-versa. Segundo Tatiana Schibuola, redatora-chefe da Capricho, a revista traz em suas páginas as novidades “mais quentes” da Internet, como fotologs, fóruns, sugestões de sites relacionados ao perfil das leitoras e até bate-papo que tratam de temas polêmicos do momento. “Usamos como termômetro para as pautas as discussões na nossa comunidade no Orkut, e lemos atentamente as sugestões enviadas para nosso e-mail”. Ela ressalta que o conteúdo da revista é baseado no que a leitora busca como necessidade.

A equipe de redação do veículo conta com uma ajuda extra de 30 aliadas que formam o time da Galera Capricho. São adolescentes de faixas etárias diferentes e de diversas regiões do Brasil, selecionadas pela própria equipe. Essas garotas ajudam, durante o período de um ano, com opiniões, pesquisas e na escolha de fontes para a elaboração da pauta.


A adolescente idealizada

Uma questão polêmica que vem à tona quando se fala da “mídia jovem” é onde está a responsabilidade editorial de tratar e discutir temas de relevância social. Assuntos que geram inquietações nos jovens, como racismo, violência, política e mercado de trabalho, dificilmente estão presentes nas páginas de tais publicações. A redatora-chefe da Capricho justifica que “discussões como essas são tratadas de forma leve e aparecem raramente nas edições, para que não vire uma Veja teen”, e completa, “as adolescentes não se interessam por estes temas e se publicássemos com freqüência, a revista iria contra a lógica do mercado e não venderia”. Para ela, as meninas estão em busca de lazer, comportamento, moda e beleza, e por isso, estas questões são o foco da revista. “É o que vende”, resume Thiago Theodoro, jornalista da editoria de comportamento da revista.

Já na opinião da jornalista Valquíria Michela John, isso representa um perigo para as próprias leitoras. Em sua dissertação de mestrado, “Meninas Descoladas: a leitora idealizada nas revistas destinadas ao público adolescente”, Valquíria defende que a abordagem destas revistas reforça estereótipos e levanta generalizações, o que pode contribuir para as jovens tomarem atitudes sem analisá-las e adotar comportamentos pré-estabelecidos. “Há uma evidente construção de uma identidade em que a mulher é inferior ao homem, um discurso voltado para a adolescente que faz de tudo para conquistá-lo. A problemática não está no fato de adolescentes buscarem ter um namorado, e sim da generalização de que todas as garotas nessa faixa etária têm como maior necessidade conseguir um”. Ela também afirma que matérias sobre cultura, política, desigualdade social e orientação sexual não são publicadas na revista, o que pressupõe que as adolescentes “só pensam em si mesmas”, mas insiste que é responsabilidade jornalística publicá-las mesmo assim. “O jornalismo tem a obrigação de levar ao conhecimento de seu público aspectos de importância social, visando dar subsídios e informações para a mudança de comportamento e da realidade”, explica.

Para a ex-editora da Revista Capricho e atual secretária executiva da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), Ciça Lessa, a revista tem relevância social, “trata de conflitos vividos na adolescência e a formação das pessoas”. Ciça também comenta que esse campo é pouco explorado pelas revistas em geral, mas tem relevância para suas leitoras assuntos como gravidez, drogas e relacionamento. E completa, dizendo que outro fator que contribui para agravar a situação é o mercado editorial, no qual “há pouco espaço para inovar, uma revista sempre tenta imitar a outra que deu certo, é uma tendência de mercado que limita o espaço para inovar com novas formas de fazer revista”.

Por outro lado, de acordo com a assistente de comunicação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Ana Paula Brandão, é necessário que os meios de comunicação busquem novas formas de tratar a mulher na mídia para que estas mudanças se reflitam na sociedade, e que as publicações para adolescentes deveriam iniciar isso desde cedo, pois as “adolescentes de hoje são as mulheres adultas de amanhã”.

terça-feira, 22 de abril de 2008

O retorno das perucas


Depois de uma época turbulenta, onde algumas de nós ficamos doentes e fomos obrigadas a deixar o TCC um pouco de lado (mas um pouco!), voltamos com força total. Sim, nesta terça feira pós feriado realizamos uma reunião de extrema urgência na qual decidimos os caminhos de nosso trabalho. Tudo foi passado à limpo: desde o seminário do livro Pragmática do Jornalismo para a aula da Berna (que acontecerá no dia 5 de maio) até a reportagem que devemos escrever para a professora Adriane e para o “tio Juju”, ambos para serem entregues esta semana.

E foi isso que fizemos após nosso encontro numa salinha reservada na biblioteca... partimos em direção da agência de notícias e botamos a mão na massa (ou pelo menos os dedos no teclado!). Passamos a noite inteira trabalhando nestes textos. De tão concentradas que estávamos, nem sentimos o terremoto que assolou, dentre outros locais, o bairro do Carrão às 21 hrs desta noite, só ficamos sabendo que isso havia acontecido quando chegamos em nossas casas! Isso que é peruquice de verdade! E confesso que valeu a pena, pois o texto fluiu e ficou a nossa cara. Agora à noite, quase de madrugada, que é quando mais me inspiro para botar a peruca pra funcionar (e é por isso que estou escrevendo essa hora), revisei nosso texto e encaminhei para as outras peruquetes também darem seu veredicto... mas isso é papo para a Glorinha contar amanhã... até mais!

sábado, 19 de abril de 2008

Uma homenagem


A mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me concontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacífica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

Vinícius de Moraes

Um ótimo final de semana para todos!!! Bom descanso, meninas. beijinhos

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Perucas em reconstituição


Por motivos de saúde, ficamos desfalcadas esta semana e não pudemos reunir o nosso quarteto para tomar algumas decisões para o TCC. Primeiro foi a Glorinha que ficou de cama, depois a Fabi e agora foi vez da Beta.

Hoje, na aula do professor Juarez Xavier, foi feito um círculo na sala e cada grupo discutiu os temas do TCC em pauta, quando chegou a nossa vez, sugestões e dúvidas apareceram. Diante disso, é importantíssima a presença de todas para resolver algumas questões e dar andamento ao nosso projeto. Escolhemos o feriado para nos reunir! Esperamos que dê tudo certo e que todas estejam bem para isso.

Por enquanto é só! Logo teremos novidades e mudanças no nosso projeto.
Até lá!

domingo, 13 de abril de 2008

Papo Peruca


No dia 07 de abril comemoramos o Dia do Jornalista. A data foi estipulada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em homenagem ao jornalista e médico João Batista Líbero Badaró, morto em São Paulo, em novembro de 1830, por inimigos políticos. Curiosamente, o dia do Jornalista é também comemorado no dia 24 de janeiro, por ser a data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales, e no dia 29 de janeiro, como homenagem ao jornalista José do Patrocínio. Temos três dias, sem contar o dia do repórter e o dia da imprensa. Acredito que poderia existir um quarto dia do jornalista, só que desta vez, faríamos menção à uma grande mulher do jornalismo brasileiro. Nove de junho seria perfeito! Neste dia nasceu a jornalista e escritora Patrícia Galgão, conhecida como PAGU.

Quem gostou da idéia comente e torne o papo mais peruca!!!

Bjs!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Próximo passo: ESCREVER


Na última sexta não fomos para a faculdade, devido à entrevista com Ciça Lessa. E hoje estavamos ansiosas para aula do professor de jornalismo investigativo, Juarez Xavier, que na última sexta orientou todos os grupos da sala, menos o nosso.

Ficamos felizes quando ele anunciou que iria encaixar o conteúdo de jornalismo investigativo com o tema de TCC de cada grupo. Isso irá facilitar a vida de todos!!! E nosso grupo já começou sendo exemplo para a aula de hoje. O professor Juarez fez passo a passo de uma pauta com os elementos da notícia. Além dessa aula de pauta, o professor também falou sobre estutura morfológica, ouça o podcasting no link.

No segundo módulo conversamos com a orientadora Berna, que alertou para começarmos a escrever. O tempo passa muito depressa e o que devemos fazer é sentar e escrever tudo o que nossas perucas pensantes assimilaram!!!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Visita à Redação da Revista Capricho

Uma deliciosa experiência tivemos nessa quinta-feira ao visitar a redação da Revista Capricho. A Fabi marcou uma entrevista com a redatora-chefe, Tatiana Schibuola, às 17h. Mas, neste mesmo horário, iniciaram uma reunião de pauta. Como chegamos no horário combinado, pediram para aguardarmos um pouco.

Chegamos na recepção e nos deparamos com um lugar super fofo, aconchegante, sofás com desenhos de flores, colchão no chão, almofadas coloridas, revistas para adolescentes... tudo muito feminino. Aproveitamos o lugar para tirar algumas fotos! Ao lado da recepção, conhecemos a sala onde guardam roupas e acessórios que as modelos utilizam para as fotos da revista.

A grande surpresa aconteceu quando nos chamaram para participar da reunião de pauta. Era tudo o que queríamos. Entender a fundo como funciona a escolha da pauta, como pensavam nas leitoras e de onde vinham as grandes idéias. Entramos nós quatro e ficamos sentadinhas ao lado prestando muita atenção em cada detalhe.

Confesso que passei a adolescência lendo as revistas Capricho, que ainda as tenho guardadas no armário e que sem dúvidas, foi uma experiência muito interessante participar da reunião. Tanto eu quanto as meninas tivemos uma enorme vontade de participar, opinar e dar sugestões, mas conseguimos nos controlar, pelo menos até o final, quando nos perguntaram se tínhamos algo a dizer, e claaaro que alguém tinha que falar.

Ao terminar a reunião, voltamos para a Redação e pudemos entrevistar Tatiana Schibuola, que nos esclareceu algumas dúvidas sobre a linha editorial, sobre a escolha de temas como profissão, preconceito, política, a forma de pesquisa que utilizam, entre outros.

E as coisas ficaram ainda mais claras para nós. Percebemos que todos os profissionais que lá trabalham, se preocupam a todo instante com suas leitoras e, por isso, são muito bem reconhecidos, e entendemos o papel que a Capricho têm perante as meninas que é informar, entreter e conectar a maior comunidade de garotas “com estilo” do país.

Porém, para o nosso projeto, temos uma visão diferente e queremos atingir um outro público de adolescentes, trazendo mais informações, pensando no futuro profissional e social dessas meninas. As mulheres de amanhã!

Vejam abaixo, algumas das fotos que tiramos.

O quarteto na recepção da Capricho

Sala com roupas e acessórios usados pelas modelos nas revistas


Redação


Reunião de Pauta

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Começa uma nova semana


Uma nova semana se inicia e o tempo para pré banca do TCC está mais próximo!!! O professor Toninho durante a aula de jornalismo científico fez questionamentos sobre o TCC de cada grupo da sala. Nosso quarteto respondeu às perguntas e a sensação é que a cada dia estamos mais especialistas no assunto.

Leituras, discussões, entrevistas e pesquisas se acumulam em nossas mentes e a admiração pelo tema que escolhemos a cada dia cresce. Por falar em conteúdo de pesquisa, na quinta-feira vamos visitar a redação da revista Capricho, publicação da editora Abril que é estudo de caso do nosso TCC. Nós acreditamos que esta visita esclareça algumas dúvidas que martelam a nossa peruca o tempo inteiro.

Hoje é o dia do jornalismo!!!!!!! Parabéns!!!!!!!

Tchau!!!

domingo, 6 de abril de 2008

Feminilidade

Somos mulheres não apenas corpos
Temos cérebro, não apenas seios
Somos mulheres não utensílios
Fazemos cultura, não apenas filhos

Enquanto umas se vendem por pouco
Outras só pensam no seu corpo
Outras se preocupam com a beleza
E se acham esculturas da natureza

Não se esqueça que existe gente
Mulher que é inteligente
Pois sabe do seu potencial
Por isso que é especial

Somos mulheres não bonecas infláveis
Temos idéias não somos manipuláveis
Somos mulheres não vagabundas
Temos talento, não apenas bundas

Enquanto umas se jogam fora
Sendo usadas e se achando da hora
Pensando que são as maiorais
E sendo às vezes galinha demais

Outras se preocupam com a inteligência
E lutam firmes pela consciência
Dessa nação machista e alienada
Que acha que cultura é mulher pelada

Somos mulheres não somos trouxas
Temos informações, não apenas coxas
Somos mulheres não diversão
Temos capacidade não apenas sedução


"Feminilidade", autoria de Cosmogonia, banda punk feminista da cena riot grrrl de São Paulo.

sábado, 5 de abril de 2008

Raízes do conhecimento


Em busca de bibliografias diferentes para o TCC, este sábado visitamos a USP (Universidade de São Paulo). A biblioteca do prédio de Comunicação e Artes (ECA) não fica aberta aos finais de semana, porém a biblioteca de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) estava à disposição. Três andares com muitos livros e teses de grandes autores, a sensação é respirar conhecimento e história por toda parte. Fiquei emocionada ao pegar nas mãos a tese de mestrado da filósofa brasileira, Marilena Chauí.

Durante o tempo que passamos na Cidade Universitária surgiram algumas idéias para o nosso trabalho. Não pegamos nenhum livro de referência para a bibliografia do TCC, mas nosso quarteto ficou ainda mais entusiasmado para realizar um grande trabalho. Um dos destaques da visita foi o MAC – Museu de Arte contemporânea, que nos fez pensar em uma futura pauta para a revista tão sonhada por nós, além de render belíssimas fotos.

Um dia perfeito que respiramos conhecimento, arte e cultura. A foto da entrada deste post é de uma das árvores da USP, o que retrata perfeitamente aquele lugar.

Bjs!!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Entrevistamos Ciça Lessa

Hoje, fizemos nossa primeira entrevista para agregar ao TCC.

Ana Cecília Lessa nos recebeu muito bem e nos ajudou a entender algumas questões, principalmente sobre o pré-conceito e desvalorização que as revistas femininas para adolescentes sofrem até hoje. Entendemos sobre as diversas mudanças que a revista Capricho sofreu ao longo dos anos e ficou claro que tais mudanças são fundamentais para que possam acompanhar os jovens, que também mudam com muita freqüência, e percebemos que assim como Marília Scalzo, autora do livro “Jornalismo de Revista”, Ciça possui a mesma visão.

Outra questão abordada na entrevista foi sobre a importância da discussão de sexualidade nas revistas para adolescentes. Como estudiosa no assunto, Ciça nos informou que, na idade das leitoras, já é discutido tal assunto na escola e que muitas vezes, as meninas não acham respostas para suas dúvidas e é na revista que elas encontram.

Ciça Lessa, atualmente é Secretária Executiva da Rede ANDI Brasil, uma articulação de organizações não governamentais que vêem na comunicação uma ferramenta importante para efetivação dos direitos das crianças e adolescentes brasileiros.

Entre os anos de 1989 e 2001, Ciça trabalhou na revista Capricho como editora em Comportamento e desenvolveu sua tese de mestrado, na Escola de Comunicações e Artes - ECA/USP, sobre “Sexualidade na Mídia Jovem" e já na ANDI, ajudou no relatório “A Mídia dos jovens” de 2005/2006.

A entrevistada nos levou a pensar no lado da revista, no papel que ela exerce e o porquê da sua existência. Começamos a entender a diferença entre o nosso foco e o foco da revista analisada (Capricho). Mais para frente, as coisas ficarão ainda mais claras. Até a próxima!!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Matando um leão por dia

O nosso trabalho está a cada dia melhor, fomos elogiadas pela nossa orientadora, a Bernadete. “Estão indo bem”, ela disse só isso, mas já foi o suficiente para massagear o nosso ego e termos confiança em nossas intuições femininas.

Estamos em cima dos livros, dia após dia, leitura e mais leituras, queremos ser mais ousadas, irmos a campo e entrevistarmos pessoas do meio jornalístico que tratem sobre a juventude. Um exemplo é a nossa entrevistada de sexta-sexta feira (4), Ciça Lessa, ex-editora da Capricho que comentou o relatório da Andi, “A mídia Jovem”, um estudo de como o jovem é retratado na mídia. Esse estudo foi feito ao longo de 10 anos monitorando a mídia impressa e televisiva. Ele está disponível no endereço: http://www.andi.org.br/_pdfs/midia_jovens_10anos.pdf

No nosso trabalho não queremos apenas um TCC, um Trabalho de Conclusão de Curso, mas queremos dar nossa contribuição ao jornalismo, como estudantes e futuras profissionais na área.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Unidas

Foto do nosso quarteto! Tirada hoje, no intervalo da aula.

Mais uma quarta-feira que contamos com o apoio da Professora Adriane.
Elaboramos algumas perguntas para sexta-feira, dia que entrevistaremos Ciça Lessa, ex-editora em comportamento da revista Capricho e atualmente, Secretária Executiva da rede ANDI Brasil.

Ciça escreveu sua tese de mestrado na ECA - USP sobre ‘Sexualidade na mídia Jovem’ e, sem dúvidas, será interessantíssimo entrevistá-la. Além de esclarecer nossas dúvidas, vamos ouvir a opinião sobre o nosso projeto. Muito proveitoso, graças ao contato da Glorinha.

As pesquisas e leituras continuam de vento em polpa. Com ajuda de uma amiga de Letras na USP, conseguiremos ler com ‘tranqüilidade’ as indicações de teses da ECA que são de maior importância para a nossa pesquisa. Por isso dizemos que “a união faz a força”. Todos estão dispostos a ajudar e com isso o nosso trabalho só tem a crescer.
Agradecemos!